quarta-feira, 25 de março de 2009

Perdi-me dentro de mim

Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudade de mim.
(...)

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...

Mário de Sá-Carneiro.

Alguém pararia para ouvir palavras soltas? Eu as deixo derramadas assim, formando minhas pegadas e afins, as deixo com gosto e desgosto. Ouço as batidas do meu subconsciente levarem a melodia inteira, uma orquestra ao jeito que ele queira, onde sons irreais se formam ao pulsar. Não demora até eu me ver a frente a um mundo completamente invertido, tal mundo que se encontra na loucura do partido, na inocência do desconhecido, na esperança do reconstruído. Se você olhar bem nos meus olhos, verá refletido onze dimensões, músicas encharcadas de significados e direções, cada qual com a cor pura, cor da liberdade, cor da ternura, doce mundo onde me encontrei. Perdi-me assim dentro mim e não quis mais me encontrar, pois perdida me fiz mais clara, os caminhos se abriram enquanto eu cantara aquela velha cantiga que ouvi em outra terra, e penso agora "Quem me dera aquele mundo soubesse chegar aqui".

Ando meio sem tempo para colocar aqui meus pensamentos em palavras, mas sempre que puder, virei, obrigada a todos que leram e/ou comentaram, compartilho com vocês um pouco de mim.

Beijos, L.

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